domingo, 19 de abril de 2015

Acidente radiológico com césio em Goiás



   Acidente com o Césio-137

   O maior acidente radiológico do mundo fora de usinas, e o maior do Brasil, ocorreu em Goiânia - GO em 1987, quando um aparelho de radiologia foi encontrado por catadores de um ferro velho em uma clínica abandonada, devido a mudança de localização.
   A contaminação começou quando esse aparelho foi desmontado pelo catador Devair Ferreira para a retirada do chumbo que o revestia, e dentro dele possuía uma cápsula com cloreto de césio, um sal altamente radioativo e fatal que brilha no escuro em um tom azulado. Devair levou o pó brilhante e encantador para sua família ver, o elemento adere facilmente a roupas e utensílios, podendo contaminar alimentos e organismos. 
Leide das Neves
   A primeira vítima do césio foi sua sobrinha Leide das Neves que brincou com o material radioativo e em seguida consumiu ovo cozido com partículas do pó. Sua esposa, Maria Gabriela, também chegou a falecer. Em algumas horas as pessoas começaram a desenvolver os sintomas de náuseas, tontura, diarreia, e vômitos.
   Esse episódio matou 4 pessoas, porém estudos apontam que ao longo dos anos, 104 pessoas morreram devido ao incidente e comprometeu a saúde de outras 1600, causando câncer e outras doenças.
   Devair passou por um tratamento de descontaminação, e morreu 7 anos depois. 
   O lixo atômico gerado está armazenado em contêiners e tambores completamente lacrados, encontrados embaixo do solo, revestidos de chumbo e concreto, será considerado perigoso para o meio ambiente por 180 anos.





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